História das Danças



Um dos primeiros e mais profundos impulsos do homem foi o de traduzir em movimento as forças criativas que sentia dentro de si e dentro do mundo.


A Dança Sagrada nasceu da necessidade humana de identificar-se com a eterna roda das forças criativas do cosmos. Nenhuma iniciação antiga era feita sem a dança. Dançar, representava o modo mais natural do homem harmonizar-se com os poderes cósmicos.


O homem antigo, integrado à natureza, dançava em círculos, os ritmos cíclicos da vida: o nascimento, a puberdade, o casamento, a morte, as mudanças de estações, o plantio, a colheita, o sol e a chuva. Desse modo, celebravam, como ato sagrado, qualquer evento considerado essencial para a vida.


Ao longo da história, esses ciclos naturais foram substituídos por ritmos artificiais, portanto, o homem perdeu o contato com a natureza e os momentos de união com as forças mais sutis, com o transcendental.


Hoje, portanto, com uma nova consciência, esses valores perdidos, com o passar do tempo, vem sendo recriados, ajudando o homem contemporâneo a reconectar com os ciclos da natureza e com a essência da vida.


Bernhard Wosien




Bernhard Wosien (1908-1986) foi bailarino, coreógrafo, pedagogo da dança e artista plástico, destacando-se na pintura e no desenho. Nasceu em Passenheim, Prússia do Leste, Alemanha. Estudou teologia, dança, história da arte e pintura na Universidade de Breslau e na Academia de Artes de Berlim.


A partir da década de 60, buscando resgatar as primeiras formas simbólicas da Dança, Wosien começou a pesquisar as danças folclóricas e étnicas dos povos do hemisfério norte, as chamadas Danças dos Povos. Reconhecendo essas danças e símbolos, encontrou meios de “trabalhar uma expressão corporal que pudesse transmitir organicamente um estado espiritual de alegria e amor”.


Em 1976, Bernhard Wosien visitou a Comunidade de Findhorn, a pedido de Peter Caddy, um de seus fundadores e ensinou pela primeira vez uma coletânea de danças folclóricas para os residentes.


A partir de então, iniciou-se um grande movimento intitulado “Danças Circulares Sagradas”, movimento que repercutiu pela Europa e por todo o Ocidente.


As Danças Circulares tornam-se, assim, grande instrumento no trabalho de reconhecimento de nós mesmos, como parte do Todo.


Dançando juntos, de mãos dadas, curamos o nosso Ser e o nosso Planeta. Despertamos valores humanos, incentivamos o espírito de cooperação e promovemos um diálogo amoroso entre as pessoas.

Bibliografia

Ramos, Renata (org.) Danças Circulares Sagradas: Uma proposta de Educação e Cura. São Paulo, Triom. 1998.
Barton, Anna. Espírito da Dança. São Paulo, Triom. 1995.
Wosien, Maria-Gabrielle. Dança: Símbolos em Movimento. São Paulo. Anhembi-Morumbi. 2004.
Wosien, Bernhard. Dança: Um Caminho para a Totalidade. São Paulo, Triom. 2000.


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Meu Encontro com as Danças Circulares Sagradas


Ao concluir a formação em Reeducação do Movimento na Escola Ivaldo Bertazzo, despertou-me uma grande inspiração e interesse pelo estudo das Danças Étnicas e Orientais.


Assim, participei de cursos de férias no Estúdio A e B (SP), com André Trindade e Betty Gerretz, e, desde então tive o conhecimento que viria pela primeira vez ao Brasil, a grande mestra das Danças Circulares Sagradas.


Era Primavera, em outubro de 1998, quando participei de uma sessão de abertura das Danças Circulares, em BH (Escola Guignard) com a alemã Maria Gabriele Wosien.


Naquele momento, fiquei impressionada com o fluir dos passos, das danças e com o fluxo de energia que emanava de vários círculos concêntricos.


Voltando para o meu dia-a-dia, ainda com a presença das danças dentro de mim, tive uma surpresa depois de alguns dias, passei por uma grande coincidência que transformou profundamente minha vida. Recebia, naquela ocasião, uma revelação e um chamado. Todas as partes de minha vida se uniram e criaram um todo. Percebi, de uma forma mais clara e inspiradora, meu propósito de vida.


Em junho de 1999, iniciei os treinamentos das DCS em São Paulo, na Triom, com Renata Ramos e Ana Lúcia Borges da Costa. Entusiasmada e recebendo os primeiros ensinamentos, eu e Renata Ramos decidimos celebrar o final do ano de 1999 com as Danças Circulares Sagradas em Juiz de Fora.


Escolhi para a realização do trabalho o Colégio Stella Matutina, onde estudei toda minha infância e juventude, e que me preparou para as primeiras percepções e compreensão do mundo, numa visão humanista.


Fizemos, então, uma roda no ginásio do colégio e após um workshop. Iniciava-se, assim, a introdução das Danças Circulares em Juiz de Fora.


Muito pode ser dito a respeito das Danças Circulares Sagradas, no entanto, fica o convite para praticá-las!

Venha dançar com a Dança Geraes!

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Quem sou eu

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Juiz de Fora, MG, Brazil
Graduada em Educação Física (UFJF) e Fisioterapia (UCP); Formação em Danças Circulares Sagradas com Renata C. L. Ramos - Triom-SP, com participação em cursos e workshops com focalizadores nacionais e internacionais desde 1999.